Nunca ouviu nada dele? Pre-ci-sa ouvir.
É o melhor compositor e intérprete da atualidade. E olha que
nunca fui muito chegada em música cantada em castelhano. Não, ele não é
espanhol, é argentino. Na verdade, é americano, nascido no Alaska. O pai é
americano, a mãe, argentina. Ele em canta em inglês também. Algumas vezes
mistura as duas línguas.
O gênero? Hummmm. Difícil responder. Uma vez, um jornalista perguntou
como ele definiria seu gênero musical já que transita por diferentes ritmos,
línguas e culturas. Ele respondeu, sem pestanejar “yo soy um degenerado”.
Meu degenerado favorito vai do country (Susan Surrender) ao
calypso (Apocalypso), da ciranda (el Círculo) à procissão (La Procesión), do
rock (McGuevara O Chedonalds,) à cumbia
(Cumbiera intelectual), passando pela balada romântica (mas jamais melosa, como
Te quiero), pelo blues (Down with my baby), bossa nova (You are the Bossa), tango
(La Tangómana), indígena da América do Norte (Whyoh), música dos pampas (Vecino), milonga (Milonga
que pasó)... E essa é só uma brevíssima amostra.
Eu e ele |
Mas aí é que está. Mesmo que você identifique o gênero, ele
dá um jeito de transgredir – seja com uma letra absolutamente inusitada, com as
mudanças de uma língua para outra ou com a participação de algum convidado
especial. Se você quer colocá-lo numa
caixinha, esquece.
Degenerado e inclassificável.
Meu inclassificável favorito tem uma habilidade toda sua pra
jogar com as palavras, pra combinar e misturar o inglês, com espanhol (ou “estranhol”,
como ele mesmo diz) e ainda, de vez em quando, colocar umas pitadas do nosso português
com seu delicioso sotaque. Pra se ter uma ideia, a banda, que o acompanha há anos, chama The Nada, seu mais recente álbum "Mis Americas".
Não bastasse compor com poesia e originalidade, interpretar com voz terna e grave, ele ainda tem o atrevimento de recriar canções – pois não dá pra dizer que são só versões. E suas escolhas são inusitadas: “Hotel California” do Eagles, “Modern Love”, do David Bowie e “La Chanson de Prevért”, de Serge Gainsbourg – sim, ele canta também em francês, “Since I Don't Have You”, dos Skyliners e até Beatles, com “We can work it out” e Culture Club em “Karma Kamaleon”(essas, só em vídeo).
Não bastasse compor com poesia e originalidade, interpretar com voz terna e grave, ele ainda tem o atrevimento de recriar canções – pois não dá pra dizer que são só versões. E suas escolhas são inusitadas: “Hotel California” do Eagles, “Modern Love”, do David Bowie e “La Chanson de Prevért”, de Serge Gainsbourg – sim, ele canta também em francês, “Since I Don't Have You”, dos Skyliners e até Beatles, com “We can work it out” e Culture Club em “Karma Kamaleon”(essas, só em vídeo).
É música pra ouvir e dançar, pra ouvir e cantar junto, pra
ouvir e se emocionar, pra ouvir e rir, pra ouvir e pensar, pra ouvir e ouvir e
ouvir e ouvir e ouvir.
Ouça. Tem tudo no Deezer. Deve ter no Spotify.
E veja. Tem muitos vídeos no youtube. Ainda por cima, ele é
lindo.
Depois que você ouvir, eu conto do show.
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